26 de
Junho, a passeata dos 100 mil
No dia
26 de junho de 1968, cerca de cem mil pessoas ocuparam as ruas do centro do Rio
de Janeiro e realizaram o mais importante protesto contra a ditadura
militar até então. A manifestação, iniciada a partir de um ato
político na Cinelândia, pretendia cobrar uma postura do governo frente aos problemas
estudantis e, ao mesmo tempo, refletia o descontentamento crescente com o
governo; dela participaram também intelectuais, artistas, padres e grande
número de mães.
Desde 67, o movimento estudantil tornou-se a
principal forma de oposição ao regime militar. Nos primeiros meses de 68,
várias manifestações tinham sido reprimidas com violência. O movimento
estudantil manifestava-se não apenas contra a ditadura, mas também à política
educacional do governo, que revelava uma tendência à privatização. A política
de privatização tinha dois sentidos: era o estabelecimento do ensino pago
(principalmente no nível superior) e outro, o direcionamento da formação
educacional dos jovens para o atendimento das necessidades econômicas das
empresas capitalistas (mão de obra especializada). Essas expectativas
correspondiam a forte influência norte-americana exercida através de técnicos
da USAID que atuavam junto ao MEC por solicitação do governo brasileiro,
gerando uma série de acordos que deveriam orientar a política educacional
brasileira. As manifestações estudantis foram os mais expressivos meios de
denúncia e reação contra a subordinação brasileira aos objetivos e diretrizes
do capitalismo norte-americano.
Prisões e arbitrariedade eram as marcas da ação do governo em relação aos protestos dos estudantes, e essa repressão atingiu seu apogeu no final de março com a invasão do restaurante universitário "calabouço", onde foi morto Edson Luís, de 17 anos.
Prisões e arbitrariedade eram as marcas da ação do governo em relação aos protestos dos estudantes, e essa repressão atingiu seu apogeu no final de março com a invasão do restaurante universitário "calabouço", onde foi morto Edson Luís, de 17 anos.
Edson Luís
O
fato, que comoveu e revoltou todo o país, serviu para acirrar os ânimos e
fortalecer a luta pelas liberdades. Durante o velório do estudante, o confronto
com policiais ocorreu em várias partes do Rio de Janeiro, sendo que o cortejo
fúnebre foi acompanhado por 50 mil pessoas. Nos dias seguintes, manifestações
sucediam-se no centro da cidade, com repressão crescente até culminar na missa
da Candelária (2 de abril), em que soldados a cavalo investiam contra
estudantes, padres, repórteres e populares.
A Passeata dos 100 mil, foi o basta, foi a explosão dos estudantes contra a ditadura militar. O povo cansado de esperar por uma mudança que não iria acontecer, resolve ir as ruas mostrar sua idignação, e mesmo assim continuaram sendo oprimidos pelas forças milititares e uma tragédia acontece! Mas isso não os calou, mesmo sendo trágico serviu para mostrar que a sociedade não podia mas continuar vivendo assim, e só fortaleceu a luta contra a repressão militar para os estudantes. As pessoas ficaram tão chocadas que intelectuais, artistas, reporteres participaram de todo o movimento estudantil. Pra mim o que se pode tirar de tudo isso é que se nos brasileiros quisermos podemos mudar o país, pois sem nós ele n anda, greves, protestos concientes, passeatas, tudo isso esclarece a cabeça das pessoas e isso gera uma vontade para que haja a mudança! Mas sem esforços e pessoas em peso, só vai causar morte daqueles que não aguentam mais isto!
ResponderExcluircu cabeludo
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